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| Maria Regina nunca ouviu falar na choperia onde foi registrada como "sócia-administradora" |
Maria Regina da Silva não tem casa própria nem carro. Ela desconfia que um antigo chefe usou a assinatura em uma rescisão de trabalho para aplicar o golpe.
— Eu estava fazendo o almoço e o celular tocou. Disseram: 'a senhora está devendo três cheques de mais de R$ 2.000'. Eu assustei e falei que não devia. Eu só tenho a terceira série, só sei assinar meu nome. Estou muito triste. Nunca aconteceu isso comigo.
Os cheques falsificados foram usados na compra de balcões frigoríficos para a choperia. Na loja, funcionários foram gravados com uma câmera escondida dizendo que não conhecem ninguém com esse nome.
A jurista Maria José Starling, dona da casa onde Maria Regina trabalha atualmente, descobriu na Junta Comercial que a funcionária foi registrada indevidamente como sócia da choperia.
— Aproveitaram da ingenuidade dela. Ela me disse que assim que assinou os papeis, eles a puseram na rua.
Os outros sócios da choperia não se manifestaram sobre a irregularidade.
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